quinta-feira, 4 de abril de 2013

III Vigília das Cidades - Cacimba de Dentro - PB

Sintam-se todos convidados para uma noite de adoração ao nosso Deus!

"Leva-me as águas profundas, aviva-me de novo, Senhor"




PARA TUDO HÁ UM TEMPO

Para tudo há um tempo debaixo do céu, há um momento para cada detalhe acontecer! Aos poucos, a história da nossa vida vai sendo tecida não só com a consonância de cada dia, mas também em suas dissonâncias!


Em cada acidente, em cada pausa, a música que somos nós vai sendo composta com a certeza de ser a primeira e a última, a única, a mais bela e especial. Por sermos únicos e especiais aos olhos de Deus, não podemos deixar que nada nem ninguém roube a certeza de sermos amados e cuidados pelo Pai.

Muitos, hoje, martirizam-se e ficam remoendo coisas que viveram no passado, situações de pecado, brigas, desentendimentos e situações que insistem em trazer à tona em seu coração. Enquanto não cortarmos o cordão umbilical com o nosso passado, não conseguimos viver bem o nosso presente.

Experimente, a partir de hoje, pedir a Deus a cura do seu passado, dos seus ressentimentos, traumas e medos.

O Senhor fez você para ser livre e para ser feliz! Tudo o que o prende e o faz chorar, hoje, o Senhor quer libertar e lhe dar um ânimo novo para prosseguir sem olhar para trás.

Faça esse propósito com Deus e peça em oração: “Senhor Jesus, eu Te dou livre acesso ao meu passado para que possas me curar e me fazer homem novo, Senhor!” Não quero mais estar preso ao que já passou, pois meu passado não é maior do que os planos que Tu tens para mim.

Hoje, é o tempo da graça. Agora é o momento de declarar: “Hoje, livre sou!”. A melhor receita para ser feliz é viver o hoje bem vivido na presença do Senhor!

Deus o abençoe.

Conteúdo enviado pelo internauta Vagne Bittencourtt  



Liturgia Diária

Evangelho (Lucas 24,35-48)

Quinta-Feira, 4 de Abril de 2013 
Oitava da Páscoa


— O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas. 
Glória a vós, Senhor. 

Naquele tempo, 35os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”
37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma. 38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração? 39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.
40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava con­vosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. 
45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”. 

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

A paz esteja convosco!

Depois de Jesus ter aparecido a Maria Madalena, ter dado ordem para que Seus discípulos partissem em direção à Galileia e do Seu encontro com os dois discípulos na estrada de Emaús, Ele finalmente aparece ao grupo reunido para lhes decepar as dúvidas e fortalecer-lhes a fé.

A comunidade estava vacilando na sua fé. As perseguições estão no horizonte ou até acontecendo; o primeiro entusiasmo diminuiu, os membros estão cansados da caminhada e perdendo de vista a mensagem vitoriosa da Páscoa. Parece mais forte a morte do que a vida, a opressão do que a libertação, o pecado do que a graça. Então, Jesus aparece e lhes diz: “A paz esteja convosco”.

Prova-lhes a Sua autêntica Ressurreição e lhes confirma na paz. Ele é a paz em plenitude, a paz da participação na vida eterna do Pai para todos.

E para que Suas palavras não fiquem somente “no ar”, mostra-lhes as mãos, o peito e os pés rasgados: “Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.

Se estas palavras têm algum sentido histórico, é o de manifestar que Jesus está vivo, que a morte não o venceu, a vida do além pode ter momentos em que se parece com a vida anterior como se esta seguisse e aquela fosse uma continuação. Sobre o modo de pensar de alguns teólogos, os quais dizem que a Ressurreição é uma forma de vida só espiritual, vemos como Jesus se manifesta em corpo vivo e não existe sentido em afirmar que só o espírito vive e o corpo como que se destrói e não alcança a nova vida.

Como diz o Catecismo, é impossível interpretar a Ressurreição de Cristo fora da ordem física, e não reconhecê-la como um fato histórico, pois o corpo ressuscitado é o mesmo que foi martirizado e crucificado, traz as marcas de Sua Paixão. Não constitui uma volta à vida terrestre como foi o caso de Lázaro, visto que Seu corpo possui propriedades novas que o situam além do tempo e espaço.

Cristo passa de um estado de morte para uma outra realidade. Ele participa da vida divina no estado de sua glória, de modo que Paulo pode chamar a Cristo de o “Homem Celeste”. É por isso que Ele tem o poder de transmitir a mim e a você a verdadeira paz.

Assim como ontem, Jesus continua nos dizendo: A paz esteja convosco!

Padre Bantu Mendonça

Mensagem do dia: Procurai o Senhor e o Seu poder

Constantemente, em todos os momentos e em todas as situações, nós precisamos “procurar o Senhor e o Seu poder”(Sl 104), porque Ele é a única pessoa que nos conhece de fato, sabe tudo de nós e “está atento a cada uma das nossas ações” (Sl 32,15b).

Não esperemos das pessoas o que somente Deus pode fazer por nós. Nos encontros e desencontros da vida, supliquemos ao Senhor com insistência: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando” (Lc 24,13-35).


Jesus, eu confio em Vós!

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Viver a pureza de coração

O mundo gira em um ritmo frenético e às vezes parece que até perdemos o fôlego no ter que dar conta de todas as demandas de nossa existência. Há tanta coisa por fazer que corremos o risco de nos perdemos de nós mesmos e esquecer do grande desejo de felicidade sincera que temos dentro do coração!

Viver se torna a tarefa mais linda e desafiante de todas, viver de verdade e não fingir que se vive. Ter uma vida sincera, com pureza de coração e esforço de vida...Isto sim nos torna felizes de verdade!

Mas parece que falar de pureza de coração se torna algo meio “retrô” meio “idade média”. Será que é?

Acredito que não! Pureza quer dizer a qualidade daquilo que é, daquilo que não foi alterado, misturado, diz de essência e não acidentes. Ser puro de coração é ser aquilo que se é sem as alterações que deturpam nossa essência.

Mas em um mundo que nos exige tanto e até parece que nos perdemos de nós mesmos, será possível sermos puros de coração?

Totalmente possível! Comparo a busca pela pureza de coração ao processo de reeducação alimentar. Precisamos tirar do nosso dia-a-dia alimentar tudo aquilo que nos prejudica. Não dá para abrir concessões precisamos tirar mesmo. O não que tem força de um sim. Não a isso que me faz mal e sim a aquilo que me faz bem, e me torna um bem.

Já pensou se uma pessoa que está vivendo um processo de reeducação alimentar e que ao ver na sobremesa um pedaço de bolo de chocolate com cobertura de brigadeiro e recheio de doce de coco ela não consegue dizer não e parte para o ataque? Se não consegue dizer não ao bolo como poderá dizer não para um e-mail pedindo para olhar pornografia na Internet, ou um não para um convite a cheirar uma carreira de cocaína, ou um não a um namoro fora da castidade? O jejum é uma forma maravilhosa de crescer no domínio de nossas paixões. Se isso ainda não é parte da vida de uma pessoa, ela deve começar com um simples sacrifício que seja relativamente fácil de pôr em prática.

Quando os desejos surgem como um vulcão em erupção precisamos encará-los de frente em vez de reprimi-los, não dá para dizer: “só um pouquinho não faz mal”. Não dá, aquele pouquinho irá nos arrastar ao fundo do poço! Pureza de coração é você assumir em suas mãos aquele desejo e nesta hora oferecê-lo a Deus, a Jesus na Cruz, pois Ele levou sobre si nossas transgressões. Ao fazermos isso, "o Espírito do Senhor dá forma nova aos nossos desejos" (Catecismo da Igreja Católica, 2764).

A Jornada Mundial da Juventude nos oferece várias oportunidades de viver esta experiência. Um encontro com Jesus, com o outro e consigo mesmo. Teremos espalhados pela cidade carioca inúmeros shows e espetáculos, literalmente um “Festival da Juventude”. Em todos estes lugares você terá a oportunidade de viver esta pureza de coração! Saber curtir o melhor de sua jovialidade sem se perder de você mesmo!

Acredite seu sim e não determinará um coração puro! Seja você mesmo e deixe Deus ser tudo em você!

“Sem dúvida, a vida só pode valer se tiverdes a coragem da aventura, a confiança de que o Senhor nunca vos deixará sozinhos.” (Bento XVI, discurso 21 de março 2009)


Está a fim de se aventurar?

Adriano Gonçalves - Comunidade Canção Nova

Liturgia Diária

Evangelho (Lucas 24,13-35)

Quarta-Feira, 3 de Abril de 2013 
Oitava da Páscoa

— O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Lucas.
Glória a vós, Senhor.

13Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam para um povoado chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém. 14Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido.
15Enquanto conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar com eles. 16Os discípulos, porém, estavam como cegos, e não o reconheceram.17Então Jesus perguntou: “Que ides conversando pelo caminho?” Eles pararam, com o rosto triste, 18e um deles chamado Cléofas, lhe disse: “Tu és o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos dias?
19Ele perguntou: “Que foi?” Os discípulos responderam: “O que aconteceu com Jesus, o Naza­reno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. 20Nossos sumos sacerdotes e nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. 21Nós esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias que todas essas coisas aconteceram! 22É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo 23e não encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que estes afirmaram que Jesus está vivo. 24Alguns dos nossos foram ao túmulo e encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o viu”.
25Então Jesus lhes disse: “Co­mo sois sem inteligência e lentos para crer em tudo o que os profetas falaram! 26Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” 27E, começando por Moisés e passando pelos Profetas, explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito dele. 
28Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta que ia mais adiante. 29Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem che­gando!” Jesus entrou para ficar com eles. 30Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes distribuía.
31Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus. Jesus, porém, desapareceu da frente deles. 32Então um disse ao outro: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as Escrituras?” 33Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém onde encontraram os Onze reunidos com os outros. 34E estes confirmaram: “Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” 35Então os dois contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

O caminho requer capacidade de mudar

Lucas é o único que narra a volta de dois discípulos de Jesus para a cidade de Emaús, após terem vivenciado o martírio de seu Mestre, em Jerusalém.

Jesus havia morrido e uma sensação depressiva tomava conta de Seus muitos discípulos - não apenas de Seus doze apóstolos. Cada um fugiu como pôde da presença das autoridades que queriam incriminar a todos os que seguiram Aquele que agora estava morto, por conta deste ter levantado tanta insurreição e contradição em Jerusalém e circunvizinhanças.

Aqueles dois discípulos sabiam de tudo. Tinham todas as últimas informações sobre a vida e a morte de uma pessoa conhecida deles. Mas não sabiam que Aquele que a eles se dirigia – e que outrora estivera morto e agora estava vivo – era a própria fonte de toda vida, o único capaz de lhes tirar daquele estado de profunda angústia.

Porque “sabia-se e sabe-se de tudo”, mas desconhece-se, ainda, o que o Senhor pode fazer, pois Ele é uma resposta que não mais agrada a uma sociedade encantada por tudo o que aprendeu e sabe fazer e ter.

Jesus faz menção de ir embora, mas os dois O convidam a repousar na cidade deles, já que a hora avançara bem. Jesus aceita o convite e compartilha com eles do pão. A partilha fraterna, a solidariedade e o amor constituem a prática que a todos revela a presença viva do Senhor nas comunidades e no mundo. É reconhecido, neste instante, mas desaparece do meio dos dois, segundo o texto.

Comentando o estranho episódio, um deles diz: “Por acaso não ardia o peito dentro de nós enquanto Ele nos falava aquelas coisas?”.

Estar a caminho, à procura, exprime a situação da nossa vida. O caminho requer, também, capacidade de mudar. A Bíblia indica-nos qual é a direção melhor, aquela que nos dá a liberdade dos filhos de Deus. Descubramos que nossos companheiros de viagem são especialmente as pessoas que sofrem. Reconheçamo-nos a nós mesmos como portadores de sofrimentos e necessitados de acompanhamento.

Em nossas convivências, como os dois discípulos a caminho para Emaús, falemos das coisas da vida, de acontecimentos e problemas concretos. Deus faz-se presente na história e indica-nos a direção duma mudança capaz de oferecer uma grande alegria. Então, como os discípulos, também nós diremos: “Não parecia que o nosso coração queimava dentro do peito, quando Ele nos falava na estrada e nos explicava as Sagradas Escrituras?”

Padre Bantu Mendonça

Mensagem do Dia: O que surte mais efeito: perdoar ou ser perdoado?

Eu escutei, hoje, que o perdão dado e recebido transforma-nos verdadeiramente. O que nos possibilita conviver fraternalmente não é o fato de não errarmos – pois erramos sempre -, mas porque perdoamos e somos perdoados sempre, “até setenta vezes sete” (cf. Mt 18,22), como Jesus nos ensinou.

É normal perdoar e continuar lembrando a ofensa. “Não está em nosso poder não mais sentir e esquecer a ofensa, mas o coração que se entrega ao Espírito Santo transforma ferida em compaixão e purifica a memória, transformando a ofensa em intercessão” (Catecismo da Igreja Católica [CIC] n. 2843).

Olhemos para Jesus, modelo de oração e vida para que aprendamos com Ele a perdoar sempre, “porque o perdão é o ponto mais alto da oração cristã. Ele dá testemunho de que, em nosso mundo, o amor é mais forte do que o pecado” (idem, n. 2844).

Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

Jesus, eu confio em Vós!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

No combate da fé, a oração é uma arma vital



Irmãos, tenho percebido, no meu dia-a-dia, que o que me sustenta é a oração. Falo isso não como uma mera transcrição de frase, e sim como uma experiência vivenciada.

O inimigo tem tentado nos derrubar, nos devorar. É bem verdade aquilo que São Pedro nos escreve em sua Primeira Carta: “Sede sóbrios e vigilantes. O vosso adversário, o diabo, anda em derredor como um leão que ruge, procurando a quem devorar”. E ele não descansa, não dorme. Poderia eu dormir, descansar, deixar de vigiar “uma hora” sequer?

Algo que tem sido de grande estímulo para me manter fiel à oração é o conhecimento de que o inimigo de Deus não descansa. Somos jovens, fortes e vigorosos, dispostos a lutar por um ideal. Ideal! Foi isso que moveu milhares de estudantes por todo o mundo na década de 80, principalmente. Eles lutavam, uniam-se, enfrentavam o inimigo e até morriam por um ideal: liberdade (libertar-se das ditaduras políticas). Quem não se recorda do jovem estudante que se colocou à frente do tanque de guerra na Praça da Paz Celestial, na China?

As músicas naquele período tinham uma mensagem, uma informação e uma formação. E, hoje, quais as mensagens ou formações que temos? Posso afirmar, sem medo, são “deformações”. As músicas e a mídia (em sua maioria) têm retirado dos jovens os ideais, têm deformado a juventude, em consequência disso, a família e, por conseguinte, a humanidade.

Estamos sendo anestesiados. Basta! Tudo isso não é ação meramente humana, mas do inimigo. Lembram-se? “Vosso adversário, o diabo, anda em derredor como um leão que ruge, procurando a quem devorar.”

Vamos juntos construir uma nova história. Mas sabemos que para mudarmos o mundo precisamos mudar o nosso “metro quadrado”, ou seja, precisamos ser novas criaturas em nome de Jesus e pelo poder do Espírito Santo. As graças estão sendo derramadas abundantemente. Receba-as!

O nosso ideal é bem maior que o de antigamente. Antes lutávamos por uma liberdade política, hoje devemos lutar para manter a Liberdade do pecado, a qual nos foi garantida por Jesus. Não podemos entregar nossa alma ao inimigo, precisamos resgatar nosso ideal, unir forças (cristãos) e “Buscar as coisas do Alto”.

Vamos à luta, sem ter medo, pois o nosso General nos garante que já somos vitoriosos em Seu nome. Ele nos dá a força, a sabedoria, a coragem, a graça, mas espera de nós o esforço, espera que façamos a nossa parte. Ele é Jesus – o Vitorioso das batalhas – “Coragem, eu venci o mundo” (Jo16, 33) nos diz Ele, que também nos garante “Estarei convosco todos os dias até o fim dos tempos”.

Como São Paulo nos afirma: “Não é contra homens de carne que temos de lutar, mas contra os principados e potestades”. Logo, a nossa arma é a ORAÇÃO. Pegue a sua!

Estamos unidos nessa arma.

Emanuel Stênio - Comunidade Canção Nova

Com Cristo passamos da morte para a vida

Esta é a notícia mais importante para a humanidade de todos os tempos: você e eu somos enviados a anunciar: “Cristo ressuscitou!” Ressuscitando, Ele venceu o mal e a morte; derrotou o pecado e as suas consequências. Ressuscitando, garantiu vida plena em abundância, vida eterna para nós.

O mal e a morte estão presentes no nosso mundo, mas não têm mais a última palavra; Cristo ressuscitado venceu-os para sempre. Com Cristo nós também venceremos o mal que nos cerca. Com Cristo passamos da morte para a vida.

Mais uma vez, o anúncio da Ressurreição do Senhor vem tornar mais firme a nossa esperança diante dos desafios e dificuldades que encontramos no nosso dia a dia, pois Cristo ressuscitou, está vivo no meio de nós! Ele caminha conosco e orienta a nossa história pessoal, familiar e comunitária.

Desejo que Jesus ressuscitado se faça presente na sua vida e na de todos os homens com a sua força de vida nova e de paz. Que você se deixe alcançar pelo Ressuscitado que sempre infunde coragem e paz. Desejo que você, como os discípulos de Emaús, deixe-se envolver pessoalmente pelo Ressuscitado e, assim, torne-se melhor discípulo e missionário d’Ele, pois a sua ordem como Ressuscitado é: “Não tenhais medo. Ide dizer aos meus irmãos que partam para a Galileia e lá me verão!”

A “Galileia” de hoje é a sua casa, são os seus familiares, vizinhos, colegas e amigos a quem você deve anunciar – sem medo de nada nem de ninguém – que Ele ressuscitou verdadeiramente como havia dito.

A você e a toda sua família continuo desejando uma Feliz e Santa Páscoa!

Padre Bantu Mendonça

Liturgia Diária

Evangelho (Mateus 28,8-15)
Segunda-Feira, 1 de Abril de 2013 

Oitava da Páscoa

— O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 8as mulheres partiram depressa do sepulcro. Estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos. 9De repente, Jesus foi ao encontro delas, e disse: “Alegrai-vos!” As mulheres aproximaram-se, e prostraram-se diante de Jesus, abraçando seus pés.
10Então Jesus disse a elas: “Não tenhais medo. Ide anunciar a meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Lá eles me verão”. 11Quando as mulheres partiram, alguns guardas do túmulo foram à cidade, e comunicaram aos sumos sacerdotes tudo o que havia acontecido. 12Os sumos sacerdotes reuniram-se com os anciãos, e deram uma grande soma de dinheiro aos soldados, 13dizendo-lhes: “Dizei que os discípulos dele foram durante a noite e roubaram o corpo, enquanto vós dormíeis. 14Se o governador ficar sabendo disso, nós o convenceremos. Não vos preocupeis”. 
15Os soldados pegaram o dinheiro, e agiram de acordo com as instruções recebidas. E assim, o boato espalhou-se entre os judeus, até o dia de hoje. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

Mensagem do dia: Deixemo-nos instruir pela Verdade


Uma coisa que sempre chama a minha atenção nos Evangelhos é que Jesus, antes de curar e de alimentar as pessoas que iam ao encontro d’Ele, as instruía, porque é desejo do Seu coração que sejamos homens e mulheres verdadeiramente de Deus, que não nos deixemos arrastar nem nos intimidar pelos ventos contrários da vida, para que sejamos verdadeiras testemunhas da Boa Nova.

Hoje a instrução que Jesus nos dá é a mesma que deu às mulheres que O viram ressuscitado: “Não tenhais medo. Ide anunciar aos meus irmãos que se dirijam para a Galileia. Elas estavam com medo, mas correram com grande alegria, para dar a notícia aos discípulos” (Mt 28,10.8).

Vamos hoje ser portadores da Boa Notícia? Fechemos os nossos ouvidos para as más notícias que levam à morte e ao pecado. Ajamos de acordo com as intruções recebidas pelo Senhor, que nos levam à vida e à liberdade.

Obrigada, Jesus, porque sempre estás a nos ensinar todas as coisas.

Jesus, eu confio em Vós!

domingo, 31 de março de 2013

Ele ressuscitou e eu também!

Tudo parecia meio angustiante, o dia estava com clima diferente parecia que algo iria acontecer. Um jantar, uma mesa, uma doação. Sim, parecia também uma despedida, quem seria aquele que livremente diria não ao amor? Perguntas soltas pelo ar, mas “vá faça o que precisa fazer”. Tudo foi desnudado, o vazio parecia cheio de tantas incertezas.

No outro dia o silêncio! Ele pagou uma dívida que não era Dele, era minha. Mais uma doação, doação de tudo, doação de si. Que angústia!

No meio do dia eu ali e ele não mais ali. Onde colocaram meu Amor? O dia passou. O grito embargado em um coração que estava também morto. Morto pelo medo, pela carência, pela ausência, pelo egoísmo, pela indiferença.

O sepulcro viu tudo! Estava lá o corpo dele e o meu. Sim não tinha o que fazer, era a lógica do normal. A morte tinha me vencido!

Mais eis que o Amor sem fim pagou o que eu não poderia pagar e fez o que eu não poderia fazer, a noite não foi capaz de segurar sua luz e eis que tudo mudou. Tudo se fez novo. Ele se levantou da pedra fria para me reerguer na vida. Eu morto, fui convidado a ressuscitar. Sim, um “vem pra fora” ouvi e minha existência foi alcançada. Ele ressuscitou e eu também!

Tudo se faz novo para uma nova vida que tenho para viver!

Eu posso dizer: Eu ressuscitei! Ela não venceu! A vida venceu a morte!


Feliz Páscoa!

Liturgia Diária

Evangelho (João 20,1-9)


Domingo, 31 de Março de 2013 
Páscoa do Senhor

— O Senhor esteja convosco! 
Ele está no meio de nós! 
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
Glória a vós, Senhor!

1No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido tirada do túmulo. 
2Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo, aquele que Jesus amava, e lhes disse: “Tiraram o Senhor do túmulo, e não sabemos onde o colocaram”. 
3Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao túmulo. 4Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro ao túmulo. 5Olhando para dentro, viu as faixas de linho no chão, mas não entrou. 
6Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão 7e o pano que tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado num lugar à parte. 
8Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. 
9De fato, eles ainda não tinham compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

Aleluia! Cristo ressuscitou verdadeiramente!

Aleluia! Cristo ressuscitou verdadeiramente! Venceu a morte e despojou o império das trevas, sendo vitorioso e dando-nos também a vitória. Ele venceu e também somos vencedores com Ele. Meu irmão e minha irmã, Jesus despojou o império das trevas. Somos vitoriosos, porque Deus nos deu a vitória em Jesus, Seu Filho. Não pelos nossos méritos, mas sim pela Sua graça.

Cante bem alto: “Glória a Deus nas alturas!”, o aleluia de festa, pois chegou para nós o dia sem ocaso. O sol brilha para nós apontando-nos o caminho da eternidade. Aliás, Deus sempre nos conduz em triunfo para que espalhemos o perfume do conhecimento do Senhor por todo lugar que andarmos.

Por Cristo e em Cristo somos mais que vencedores, porque por Ele passamos do fracasso, da derrota para a fortaleza, a vitória e o triunfo. Da morte para a vida. Tudo isso Deus o fez por amor!

Pode o Senhor ficar em uma cruz? Sim, Ele morreu lá por amor a você. Pode Deus permanecer em um túmulo? Não, Ele ressuscitou para que você fosse vitorioso.

Caríssimos, se somos vitoriosos, por que guardamos para nós os maus momentos? Por que os abraçamos? Por que os mantemos conosco? Os maus momentos, os maus hábitos, o modo egoísta, as mentiras, os fanatismos, os deslizes, as falhas… Por que mantemos tudo isto conosco? Precisamos deixar todo este lixo aos pés da cruz! Podemos fazer isso, porque Deus quer! Ele quer que façamos isto, porque sabe que não podemos viver como Ele. Só Ele é Santo. É a cruz e o túmulo vazio que nos santifica. Devemos deixar os maus momentos na cruz e caminhar com Ele em vitória, pois Jesus não ficou no túmulo. A pedra foi removida. Deus faz mais que perdoar os pecados, Ele os remove.

A Ressurreição é o motivo principal da pregação do Evangelho. O evento que encheu o coração dos discípulos de esperança e os tornou mensageiros do Evangelho da graça foi a visão do sepulcro vazio. A aurora do primeiro dia suscitou um novo ânimo aos decepcionados. Ora, se Cristo ressuscitou de fato, então há perspectiva para uma humanidade transtornada pelo pecado.

Jesus Cristo ressuscitado é o Senhor e Salvador dos pecadores desenganados. A Ressurreição de Cristo Jesus é a prova evidente que a morte foi vencida e o pecado perdeu sua força de condenação. A história da Crucificação não termina com um funeral, mas com um festival de Aleluia. O anjo anunciava às mulheres com júbilo: “Ele não está aqui; ressuscitou como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia” (Mateus 28,6).

A pregação verdadeira do Evangelho começa com a visão convincente da morte e ressurreição de Cristo. As testemunhas são as únicas pessoas que podem, falar de fato, daquilo que presenciaram. Pedro e João, quando estavam sendo ameaçados pelas autoridades judaicas, para que não pregassem a Jesus ressuscitado, disseram: “Pois nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (Atos 4,20).

Se a morte de Jesus trouxe desesperança para os Seus discípulos, Sua ressurreição originou uma torrente de esperança capaz de enxergar por entre nuvens espessas. Já que Cristo ressuscitou, não há mais barreira que impeça a efetivação de Suas promessas.

Só o milagre do túmulo vazio poderia encher o coração dos discípulos da certeza da salvação. A regeneração do homem pecador é um produto da Ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” (1 Pedro 1,3).

A visão espiritual do túmulo vazio, produzida pela fé, por meio da Palavra de Deus, garante-nos uma certeza inconfundível de que a nossa salvação é dom gracioso, que nos motiva ao testemunho. Como insistia Thomas Brooks: “uma alma dominada pela certeza não está disposta a ir para o céu sem companhia”.

A falta de convicção inabalável da obra salvadora por meio de Cristo Jesus é o principal agente da apatia na pregação. Sem a firmeza do Evangelho não há como pregar-se, com confiança, a sua mensagem. Muitos apregoam um sistema religioso com a presunção de estar pregando o Evangelho. Mas somente a segurança da Ressurreição de Cristo, bem como da nossa ressurreição com Cristo, pode assegurar uma pregação legítima do Evangelho autêntico.

As mulheres que foram ver o sepulcro onde Jesus havia sido sepultado saíram de lá ao romper da manhã, ainda que atônitas, com duas certezas: primeiro, não havia cadáver na tumba. A fé cristã começa no primeiro dia da semana, nas primeiras horas do dia, com uma certeza da vitória. A morte foi vencida e o Salvador não é um defunto.

Devemos deixar os nossos maus momentos na cruz e também os momentos ruins dos nossos irmãos que chegam até nós. Devemos amá-los. Se amamos a Deus, amamos os nossos irmãos. Como podemos nos chegar diante de Deus e pedir perdão, se nós não perdoamos os nossos irmãos?

Coisas do passado sempre são trazidas ao presente. Como alguns têm boa memória para os erros alheios e péssima memória para a mudança dos seus irmãos. Pare de se prender aos erros do passado! Olhe para o fruto que pode brotar no coração do seu irmão. Assim como você ressuscitou com Cristo e é nova criatura, também o seu irmão é em Cristo e com Cristo uma nova criatura!

Abandone seus pecados antes que eles contaminem você. Abandone o rancor, antes que ele o incite à raiva e contenda. Entregue a Deus sua ansiedade antes que ela o iniba de caminhar com fé. Dê a Deus os seus momentos ruins. Se você deixar com Ele momentos ruins, só sobrarão bons momentos; então, Cristo terá ressuscitado em você. E se Ele ressuscitou em você, já não é você que vive, mas é Cristo que vive no seu corpo. E se Cristo vive em você, em você tudo é santo, porque está envolvido pela luz d’Aquele que verdadeiramente ressuscitou.

Feliz Páscoa!

Padre Bantu Mendonça

A Ressurreição de Cristo é a nossa esperança!

A Ressurreição de Cristo é a nossa esperança! “Resurrectio Domini, spes nostra – a ressurreição de Cristo é a nossa esperança!
É isso que a Igreja proclama hoje com alegria: anuncia a esperança, que Deus tornou inabalável e invencível ao ressuscitar Jesus Cristo dos mortos; comunica a esperança que ela traz no coração e quer partilhar com todos, em todo o lugar, especialmente onde os cristãos sofrem perseguição por causa da sua fé e do seu compromisso em favor da justiça e da paz; invoca a esperança capaz de suscitar a coragem do bem, mesmo e sobretudo quando custa. Hoje a Igreja canta «o dia que o Senhor fez» e convida à alegria. Hoje a Igreja suplica, invoca Maria, Estrela da Esperança, para que guie a humanidade para o porto seguro da salvação que é o coração de Cristo, a Vítima pascal, o Cordeiro que «redimiu o mundo», o Inocente que «nos reconciliou a nós, pecadores, com o Pai». A Ele, Rei vitorioso, a Ele crucificado e ressuscitado, gritamos com alegria o nosso Aleluia!” (Trecho da Mensagem Urbi et Orbi do Santo Padre Bento XVI para a Páscoa de 2009).

Feliz páscoa!

sábado, 30 de março de 2013

O que é o Sábado Santo?

O Sábado santo é o dia em que a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição que culminará à noite na Vigília Pascal, diz o Missal Romano.


Este é o dia em que:
“Cristo entrou onde estavam Adão e Eva, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: ‘O meu Senhor está no meio de nós’. E Cristo respondeu a Adão: ‘E com teu espírito’. E tomando-o pela mão, disse: ‘Acorda tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará’.

Eu Sou o teu Deus que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos entorpecidos: ‘Levantai-vos!’. Eu te ordeno:Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permanecerdes na mansão dos mortos.”

Referência: Liturgia das Horas, segunda leitura do Ofício das Leituras do Sábado Santo.

Liturgia Diária

Evangelho (Lucas 24,1-12)

Sábado, 30 de Março de 2013

Vigília Pascal

— O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Lucas.
Glória a vós, Senhor!

1No primeiro dia da semana, bem de madrugada, as mulheres foram ao túmulo de Jesus, levando os perfumes que haviam preparado. 2Elas encontraram a pedra do túmulo removida. 3Mas, ao entrar, não encontraram o corpo do Senhor Jesus 4e ficaram sem saber o que estava acontecendo. Nisso, dois homens com roupas brilhantes pararam perto delas.
5Tomadas de medo, elas olhavam para o chão, mas os dois homens disseram: “Por que estais procurando entre os mortos aquele que está vivo? 6Ele não está aqui. Ressuscitou! Lembrai-vos do que ele vos falou, quando ainda estava na Galileia: 7‘O Filho do Homem deve ser entregue nas mãos dos pecadores, ser crucificado e ressuscitar ao terceiro dia’”. 
8Então as mulheres se lembraram das palavras de Jesus. 9Voltaram do túmulo e anunciaram tudo isso aos Onze e a todos os outros. 10Eram Maria Madalena, Joana e Maria, mãe de Tiago. Também as outras mulheres que estavam com elas contaram essas coisas aos apóstolos. 11Mas eles acharam que tudo isso era desvario, e não acreditaram. 
12Pedro, no entanto, levantou-se e correu ao túmulo. Olhou para dentro e viu apenas os lençóis. Então voltou para casa, admirado com o que havia acontecido. 

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

A luz da Ressurreição de Cristo brilha em nosso meio

Grande é a nossa alegria ao ver a luz que brilha nas trevas. É a noite santa da “Vigília Pascal”. O símbolo predominante desta noite de Páscoa é a “luz”.

O amor de Deus é glorificado na “luz” das maravilhas da criação (cf. Gn 1,1—2,2). Aprisionados nas trevas da opressão egípcia, os filhos de Israel se alegram ao verem a “luz” da libertação que os conduz à glória da liberdade (cf. Ex 14,15—15,1). Por meio do profeta Isaías, o Senhor reacende as esperanças de Seu povo, oferecendo-lhe, gratuitamente, a vida em prosperidade e, deste modo, a “luz” da salvação (cf. Is 55,1-11).

É o símbolo mais destacado do Tempo Pascal. A palavra “círio” vem do latim ”cereus”, de cera. O produto das abelhas que com Cristo toma uma nova dimensão. Uma vez acesso, significa, ante os olhos do mundo, a glória de Cristo Ressuscitado. Por isso, grava-se, em primeiro lugar, a cruz no círio. A cruz de Cristo devolve à cada coisa seu sentido. Por isso, o Cânon Romano diz: “Por Ele segue criando todos os bens, os santificas, os enche de vida, os abençoas e repartes entre nós”.

Ao gravar na cruz as letras gregas “Alfa e Ômega” e as cifras do ano em curso, o celebrante proclama: “Cristo ontem e hoje, Princípio e Fim, Alfa e Ômega. D’Ele é o tempo e a eternidade. A Ele a glória e o poder. Pelos séculos dos séculos. Amém”. Ele expressa, com gestos e palavras, toda a doutrina do império de Cristo sobre o cosmos exposta em São Paulo. Nada escapa da Redenção do Senhor. Homens, coisas e tempo estão sob Sua potestade.

O Círio é decorado com grãos de incenso, o qual segundo uma tradição muito antiga, passaram a significar simbolicamente as cinco chagas de Cristo: “Por tuas chagas santas e gloriosas nos proteja e nos guarde Jesus Cristo, nosso Senhor”.

O celebrante termina acendendo o fogo novo, dizendo: “A luz de Cristo, que ressuscita glorioso, dissipe as trevas do coração e do espírito”.

Após acender o Círio que representa Cristo, a coluna de fogo e de luz que nos guia pelas trevas e nos indica o caminho à terra prometida, avança a procissão dos ministros. Enquanto a comunidade acende as suas velas no Círio recém aceso, escuta-se cantar três vezes: “Luz de Cristo”.

Essas experiências devem ser vividas com uma alma de criança, singela, mas vibrante, para estar em condições de entrar na mentalidade da Igreja neste momento de júbilo. O mundo conhece demasiado bem as trevas que envolvem a sua terra em desgraça e tormento. Porém, nesta hora, pode-se dizer que sua desventura atraiu a misericórdia e que o Senhor quer invadir a toda realidade com torrentes de sua luz.

Já os profetas haviam prometido a luz: “O Povo que caminha em meio às trevas viu uma grande luz”, escreve Isaías (Is 9,1; 42,7; 49,9). Esta luz que amanhecerá sobre a Nova Jerusalém (Is 60,1ss.) será o próprio Deus vivo, que iluminará aos seus e seu Servo será a luz das nações (Is 42,6; 49,6).

O catecúmeno que participa desta celebração da luz sabe por experiência própria que, desde seu nascimento, está em meio às trevas; mas tem o conhecimento de que Deus o chamou para sair das trevas e a entrar em sua luz maravilhosa (1 Pd 2,9). Dentro de uns momentos, na pia batismal, “Cristo será sua luz” (Ef 5,14). Passará das trevas à “luz no Senhor” (Ef 5,8).

Em seguida, é proclamada a grande ação de graças. Este hino de louvor, em primeiro lugar, anuncia a todos a alegria da Páscoa, alegria do céu, da terra, da Igreja, da assembleia dos cristãos. Esta alegria procede da vitória de Cristo sobre as trevas.

Seu tema é a história da salvação resumida pelo poema. Uma terceira parte consiste em uma oração pela paz, pela Igreja, por suas autoridades e seus fiéis, pelos governantes das nações, para que todos cheguem à pátria celestial.

Nesta noite, a comunidade cristã se detém mais do que o normal na proclamação da Palavra. Tanto o Antigo como o Novo Testamento falam de Cristo e iluminam a História da Salvação e o sentido dos sacramentos pascais. Há um diálogo entre Deus que se dirige ao seu povo e o povo que Lhe responde pelos salmos e preces.

As leituras da Vigília têm uma coerência e um ritmo entre elas. A melhor chave é a que nos deu o próprio Cristo: “… e começando por Moisés e por todos os profetas em todas as Escrituras o que a ele dizia respeito” (Lc 24, 27).

A celebração Eucarística é o ápice da Noite Pascal. É a Eucaristia central de todo o ano. Cristo, o Senhor Ressuscitado, nos faz participar do seu Corpo e do seu Sangue, como memorial da Sua Páscoa.

O apóstolo Paulo nos apresenta o batismo como um sinal real da nossa participação na morte e ressurreição de Cristo Jesus. Pelo batismo morremos para o pecado e ressurgimos para a vida. É a “luz” da vida nova em Cristo ressuscitado que brilha nas trevas do pecado (cf. Rm 6,3-11).

A verdade da ressurreição é a certeza da “luz” que brilha nas trevas e aponta a vida nova. Na escuridão, não vemos nada, mas quando se acende a “luz”, enxergamos a vida que é o fruto do amor. A vida gerada pelo amor só pode ser vista na “luz”. Neste sentido é que afirmamos que “o amor foi glorificado na luz”. De fato, a “Luz da Ressurreição” faz com que a vida gerada com a força do amor seja exaltada, glorificada, tornando-se esplêndida aos nossos olhos.

O amor presente nas mãos de Jesus, que lava os pés de Seus discípulos, e presente no pão que lhes é repartido, é o amor assumido na cruz, e hoje glorificado na Luz da Ressurreição.

Cristo ressuscitou como havia dito. Aleluia! Somos todos convidados a acolher esta “noite da luz eterna” para que, em meio às trevas do pecado e de tantos outros problemas e desafios, brilhe e se abra a porta de saída para a vida, para o amor e para a alegria do Cristo Ressuscitado.

Padre Bantu Mendonça

Fonte: Homilia Diária - Canção Nova

Mensagem do dia: A esperança da glória

Passando pelos sofrimentos do momento, peçamos a graça de caminhar na presença de Deus e jamais amaldiçoar Sua santa vontade. Peçamos a graça de passarmos com integridade por todas as provas, confiantes de que a Divina Misericórdia nos sustenta.

Confie na presença incondicional de Jesus em qualquer circunstância. Cultive a confiança na sua Divina Misericórdia. “Por ele, tendes fé no Deus que o ressuscitou dos mortos e lhe deu a glória, e assim, vossa fé e vossa esperança estão em Deus.”

Jesus, eu confio em Vós!

sexta-feira, 29 de março de 2013

Vídeo: Por Amor - Anjos de Resgate

Um belíssimo vídeo, com o poder de nos levar a refletir sobre o sofrimento de Cristo, por culpa de nossos pecados, que morreu para nos dar a vida. Assista ao vídeo e reflita sobre esse Deus que por amor tomou nossos pecados e nos fez digno de ter salvação.




Por Amor
Anjos de Resgate


Ferido por cravos e espinhos
Chagado por meus pecados
Sou eu lança na mão
O soldado que feriu seu sagrado coração

Despido diante dos olhos da mãe que tanto o amou
Sou eu o beijo que o traiu
Toda a dor que ele sentiu
A cruz que ele carregou

Morreu pregado no madeiro romano
Por mim sofreu a dor de um simples humano
E por amor tomou meus pecados
E me fez digno de ter salvação

Crucificado por minha rejeição
Como uma rosa esmagada ao chão
E por amor tomou meus pecados
E me fez digno de ter salvação

A Sexta Feira da Paixão

Olharão para aquele que traspassaram (Jo, 19, 37).

Na Sexta-feira Santa faz-se memória da paixão e da morte do Senhor, ou seja, reviveremos os sofrimentos e a morte de Cristo por amor a cada um de nós. Adoraremos o Cristo Crucificado e adentraremos nos seus sofrimentos com a penitência e o jejum.


Lançando o olhar àquele que foi trespassado (cf. Jo 19,37), podemos chegar a seu coração que emana sangue e água como de uma fonte, daquele coração do qual brota o amor de Deus por todo o homem, recebemos o seu Espírito.

Acompanhemos, portanto, na Sexta-feira Santa também nós Jesus que sai ao Calvário, deixemo-nos guiar por Ele até a cruz, recebamos a oferta do seu corpo imolado.

A Sexta Feira da Paixão


Jesus deu-se inteiramente a cada um de nós

Irmãos e irmãs, a cada ano somos convidados a acompanhar Jesus na Sua entrada em Jerusalém, quando se entrega inteiramente a nós. Ele deu tudo, até o inimaginável, como podemos deduzir das palavras de Santo Agostinho: «Quem pode duvidar que Ele dará a vida aos Seus fiéis, quando já lhes deu até a Sua morte?» De fato, este é Jesus Cristo: doação em totalidade, ou seja, como Deus-Homem, entregou-se por amor ao Pai e a nós, no Espírito Santo!

Assim, a Igreja nos convida a seguir os passos de Jesus e entrarmos com Ele no Mistério do Amor Pascal. Com Ele também “entraremos” no Palácio de Pilatos, onde Cristo revelará uma verdade que precisa encontrar, a cada ano, uma resposta cada vez mais profunda, seja no âmbito pessoal, familiar, comunitário e social: «Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz» (Jo 18,37).

E diante da resposta de Pilatos: «O que é a verdade ?» (v. 38), lembro-me do filme “ A Paixão de Cristo” (dirigido por Mel Gibson), recomendadíssimo para este tempo também, o qual parece estar separado o seu roteiro ou argumento em duas partes: uma antes e outra a seguir à referida pergunta de Pilatos. Sendo que a segunda parte todo o filme tenta responder o que Jesus revelou como Verdade, a qual somente pode ser vinculada ao Amor. Ao meu ver, isso conseguiu estar em conformidade com a teologia joanina.

Retornando ao Manancial do Amor e da Verdade, percebemos, na Bíblia, que o processo de escuta está intimamente ligado à fé e ao ato de obediência. Aquela fé obediente que faltou a Pedro, o qual negou Jesus por medo do sofrimento; faltou também a Judas Iscariótes, que agiu como um descrente, ambicioso e desobediente, a ponto de trair o Senhor e sua vocação de apóstolo de forma premeditada (cf. Lc 14,10-11), mudando o sentido real de um beijo amigável: «Na frente, vinha um dos doze, chamado Judas, que se aproximou de Jesus para beijá-lo. Jesus lhe disse: “Judas, com beijo tu entregas o Filho do Homem?» (Lc 22, 47-48).

Assim, no mistério da Paixão do Senhor, os gestos a favor ou contra adquirem uma nova densidade, na qual os gestos completam e traduzem as palavras, sejam elas de vida ou de morte! Em nome de uma comunicação que esteve a serviço da prisão, sofrimentos, catástrofes, preconceitos, desequilíbrios, julgamento injusto, castigo cruel e morte do Inocente enviado pelo Pai das Misericórdias, estiveram os nossos pecados. Pois todo o mal de todos os tempos, lugares e povos recaíram sobre Ele, como já havia profetizado Isaías, quando ao Servo Sofredor: «Era o mais desprezado e abandonado de todos, homem do sofrimento, experimentado na dor, indivíduo de quem a gente desvia o olhar, repelente, dele nem tomamos conhecimento. Eram, na verdade, os nossos sofrimentos que ele carregava, eram as nossas dores que levava às costas. E nós achávamos que ele era um castigado, alguém por Deus ferido e massacrado. Mas estava sendo traspassado por causa de nossas rebeldias, estava sendo esmagado por nossos pecados. O castigo que teríamos de pagar caiu sobre Ele, com os Seus ferimentos veio a cura para nós» (cf. Is 53, 3-5).

De fato, o Bom Pastor, para ser o “Cordeiro que tiraria o pecado do nosso mundo” (cf. Jo 1,29), sujeitou-se a fazer-se até pecado, mas que nós livremente, por fé, esperança e amor, nos sujeitássemos à vontade salvífica e libertadora do amor e da verdade que libertam e transformam, como deu a entender o teólogo São Paulo: «Aquele que não cometeu pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nos tornemos justiça de Deus»(2Cor 5,21).

Assim, pelos Seus méritos, um dia poderemos conhecer o cumprimento escatológico das promessas que, somente em Céus Novos e uma Terra Nova, serão verdadeiramente captadas por quem aqui viveu a força do amor de Deus: Mas como está escrito, “o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu» (1Cor 2,9).

Por isso, neste tempo propício de graça e dentro do Ano da Fé, podemos nos deixar abraçar pelo Amor de Cristo, o qual, segundo uma antiga canção, no auge de Sua Revelação pouco precisou falar: “Foi no Calvário que Ele, sem falar, mostrou ao mundo inteiro o que é amar…”.

O Papa emérito Bento XVI já havia apontado para esta realidade, capaz de gerar cristãos discípulos e missionários do Amor e da Verdade: «Na descoberta diária do seu amor, ganha força e vigor o compromisso missionário dos crentes, que jamais pode faltar. Com efeito, a fé cresce quando é vivida como experiência de um amor recebido e é comunicada como experiência de graça e de alegria» (BENTO XVI, Porta Fidei, nº 7).

Santa Páscoa a todos! Feito de amor e verdade!

Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova

Mensagem do Dia: Silenciar para ouvir o Senhor

Há vários tipos de silêncio. Muitos mergulham nele apenas para fugir ou para dormir. Outros fazem uso de mil técnicas a fim de atingirem um silêncio simplesmente relaxante; outros ainda exercitam a meditação com o pensamento bloqueado, suspenso num vácuo silencioso, no qual julgam elevar-se. Alguns emudecem por capricho ou por mau humor; e assim por diante…

O verdadeiro silêncio é aquele que nos coloca diante de Deus. Esta experiência enriquece os nossos valores, reflexões, sentimentos e ideias, e mais: no íntimo da alma formam-se as convicções e enraízam-se as virtudes; daí se definem as linhas mestras da luta pessoal por melhorarmos a cada dia um pouco mais.

Temos o hábito de falar muito e quase não sabemos escutar. Há pobreza de palavras, porque há pobreza de silêncio. Só teremos condições de responder com prontidão a Deus e aos irmãos se nos exercitarmos na escuta.

“O Senhor veio, pôs-se junto dele e chamou-o como das outras vezes: Samuel! Samuel! E ele respondeu: Fala, que teu servo escuta” (I Sm 3,10)

Peçamos, hoje, ao Senhor, que nos ensine a silenciar, para que possamos ouvir a Sua voz, a exemplo do Profeta Samuel.

Jesus, eu confio em Vós!

quinta-feira, 28 de março de 2013

A Quinta Feira Santa

A Quinta Feira Santa é marcada por dois momentos litúrgicos.

O primeiro momento é o da chamada Missa do Crisma, em cuja liturgia acontece a benção dos Santos Óleos. Nesta Missa, presidida pelo Bispo, todos os padres da Diocese devem participar, nela eles fazem a renovação das promessas sacerdotais e reafirmam, diante do Bispo, o compromisso do serviço a Jesus Cristo por sua Igreja. Nesta Santa Celebração são abençoados os óleos da Crisma, dos Catecúmenos, e dos Enfermos.


O segundo momento litúrgico da Quinta Feira Santa é marcado pela Celebração da Missa da Ceia do Senhor ou do lava pés, que dá início ao Tríduo Pascal. O Tríduo se inicia com esta Missa, que acontece na noite de Quinta Feira, e vai até a Vigília Pascal do Sábado à noite. O fundamento bíblico para esta Celebração é o seguinte:
Jesus, sabendo que o Pai tinha posto em suas mãos todas as coisas, que saíra de Deus e ia para Deus, levantou-se da ceia, depôs o manto… Então, o Senhor se ajoelhou diante de cada um dos discípulos d’Ele e começou a lavar-lhes os pés, em uma atitude que mostrava o serviço e a caridade de Cristo, que veio ‘não para ser servido, mas para servir’ (Mt 20, 8).

Esta Celebração também é marcada pela comemoração e celebração da Instituição da Eucaristia, que se deu na Santa Ceia.
A seguir, tomou o pão, deu graças, partiu-o e lhes deu, dizendo: “Isto é o meu corpo, que é dado por vós. Fazei isto em memória de mim”. Depois da ceia, fez o mesmo com o cálice, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue, que é derramado por vós. (Lucas 22, 19-20)”.

Também nesta Santa Missa se celebra a Instituição do Sacerdócio ministerial, que se evidencia com a seguinte frase de Jesus aos seus apóstolos: “Fazei isto em memória de mim” (Lc 22, 19).

Durante a Missa acontece também a cerimônia do Lava-Pés que lembra o gesto de Jesus na Última Ceia, quando lavou os pés dos seus apóstolos.

No final desta Missa, faz-se a chamada Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento para um lugar devidamente preparado, geralmente fora da Igreja. Após o translado do Santíssimo Sacramento o altar é desnudado. Ele simboliza o Cristo aniquilado, despojado, flagelado e morto por nossos pecados.

Deus abençoe você.

Liturgia Diária

Evangelho (João 13,1-15)

Ceia do Senhor

— O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + escrito por João.
Glória a vós, Senhor!

1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim.
2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos, enxugando-os com a toalha com que estava cingido.
6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”.
8Disse-lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”. 9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”.
10Jesus respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais limpos, mas não todos”.
11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”.
12Depois de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos: “Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou. 14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

Aprendamos com Jesus as lições do serviço, humildade e amor

A Páscoa é o centro da vida e da fé dos cristãos. Trata-se da passagem da morte para a vida, da ausência para a presença, do amor em plenitude.

Para nós cristãos a celebração da “Páscoa” constitui-se num tríduo celebrativo, isto é, a Páscoa “celebrada em três dias”. O tríduo se fundamenta na unidade do mistério pascal de Jesus Cristo, compreendendo Sua Paixão, Morte e Ressurreição. Segundo o Missal Romano, “o Tríduo Pascal começa com a Missa vespertina da Ceia do Senhor, possui seu centro na Vigília Pascal e encerra-se com as Vésperas do Domingo da Ressurreição” (N. 19). Deste modo, celebramos, de quinta para sexta-feira, a “Paixão”; de sexta-feira para sábado, a “Morte”, e de sábado para domingo a “Ressurreição”.

Hoje, Quinta-feira Santa, na celebração da “Última Ceia”, Jesus revelou o seu “amor em plenitude”, lavando os pés dos discípulos e repartindo com eles o pão. O amor torna-se presente nas mãos que lava os pés e no pão que é repartido.

Estamos diante de um Jesus que manifesta um gesto de serviço e profunda humildade. Mas, sobretudo, é um gesto de verdadeiro amor: “Sabendo Jesus que chegava a hora de passar deste mundo ao Pai, depois de ter amado os seus do mundo, amou-os até o extremo”.

As mãos simbolizam ação, dinamismo. Por meio das mãos recebemos e doamos. João afirma, no Evangelho, que Jesus é consciente de que o Pai entregou em suas mãos o verdadeiro amor e, antes de voltar ao Pai, precisa doar com suas próprias mãos este amor aos seus discípulos: “…sabendo que o Pai havia posto tudo em suas mãos, que tinha saído de Deus e voltava a Deus, se levanta da mesa, tira o manto e, tomando uma toalha, cinge-a. A seguir, põe água numa bacia e começa a lavar os pés dos discípulos e a secá-los com a toalha que tinha cingido” (Jo 13,3-5).

Analisando o contexto histórico, constatamos que oferecer ao hóspede água para lavar os pés da poeira do caminho era um gesto de cortesia muito comum. Normalmente, esse gesto era feito por um servo ou por um discípulo dedicado ao seu mestre. Jesus inverte os papéis e surpreende a todos. O mestre torna-se servo. A lição de serviço, humildade e amor é testemunhada.

Em primeiro lugar, devemos sentir este “amor pleno” que nos é doado pelas mãos de Jesus. Mãos que lavam, acariciam e enxugam, com ternura, os pés de cada um dos discípulos, de cada um de nós… Em segundo lugar, a ação de Jesus quer ensinar aos discípulos, e também a nós, que é preciso fazer o mesmo: “Depois de lhes ter lavado os pés, pôs o manto, reclinou-se e lhes disse: ‘Entendeis o que vos fiz? Vós me chamais mestre e senhor, e dizeis bem. Portanto, se eu, que sou mestre e senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Eu vos dei o exemplo, para que façais o que eu fiz’” (Jo 13,12-15).

A atitude de serviço, humildade e expressão de amor, simbolizada no lava-pés, foi uma preparação para celebrar com mais dignidade a “Ceia”, conforme disse o próprio Jesus a Pedro: “Se não te lavar, não terás parte comigo”.

Celebrando a “Ceia” com os Seus amigos, Jesus inaugura a “Nova Páscoa”, isto é, dá um novo sentido para a “Páscoa” que, em seu contexto histórico, era a maior festa do ano para os judeus. Mantendo seu ritual como no AT (Ex 12), Israel celebrava a Páscoa para fazer memória da “antiga libertação do Egito” e atualizar “os benefícios de Deus” para com os seus filhos.

Na Carta aos Coríntios, Paulo transmite o novo e definitivo sentido da Páscoa. Afirma o apóstolo: “O Senhor, na noite em que era entregue, tomou o pão, dando graças o partiu, e disse: ‘Isto é o meu corpo que se entrega por vós. Fazei isto em memória de mim’” (I Cor 11,23-24).

No pão repartido, Jesus entrega Seu Corpo aos discípulos. Trata-se de uma doação total. No pão está presente o “amor em plenitude”. Este amor que se doa provoca transformação. Agora não é apenas uma transformação social, mas uma libertação do pecado, resgate para uma vida nova.

Quando repartimos o pão na Celebração da Eucaristia, devemos sentir o amor de Jesus que se doa em plenitude. Amor que alimenta e revigora a nossa vida. Amor que nos compromete com os irmãos e irmãs. Amor que nos faz ser fiéis à vontade do Pai.

Jesus pede aos discípulos: “Fazei isto em memória de mim” (I Cor 11,24b.25b). O pedido de Jesus aos discípulos estende-se também a todos nós. Portanto, hoje celebramos o amor presente no pão que se reparte e nos comprometemos em vivê-lo plenamente.

A liturgia da Quinta-feira Santa é um convite a aprofundar concretamente no mistério da Paixão de Cristo, já que quem deseja segui-Lo deve sentar-se à Sua mesa e, com o máximo recolhimento, ser espectador de tudo o que aconteceu na noite em que iam entregá-Lo. Por outro lado, o mesmo Senhor Jesus nos dá um testemunho maduro da vocação ao serviço do mundo e da Igreja – que todos nós temos – quando Ele decide lavar os pés dos seus discípulos.

A Santa Missa é, então, a celebração da Ceia do Senhor, na qual Jesus, num dia como hoje, na véspera da Sua Paixão, “enquanto ceiava com Seus discípulos, tomou pão…” . Ele quis, como em Sua Última Ceia, que nos reuníssemos e recordássemos d’Ele abençoando o pão e o vinho: “Fazei isto em memória de mim” .

Assim, podemos afirmar que a Eucaristia é o memorial – não tanto da Última Ceia – mas sim da Morte, Paixão e Ressurreição de Jesus Cristo, nosso Senhor!

Poderíamos dizer que a alegria é por nós e a dor por Ele. Entretanto, predomina o gozo, porque no amor nunca podemos falar estritamente de tristeza, porque aquele que dá e se entrega com amor e por amor, o faz com alegria e para dar alegria.

Podemos dizer que, hoje, celebramos com a Liturgia (1ª Leitura) a Páscoa. Porém, a da Noite do Êxodo (Ex 12) e não a da chegada à Terra Prometida (Js 5,10ss).

Hoje, inicia-se a festa da “crise pascal”, isto é, da luta entre a morte e a vida, já que a vida nunca foi absorvida pela morte, mas sim combatida por ela. A noite do Sábado de Glória é o canto à vitória, porém, tingida de sangue. E hoje é o hino à luta, mas de quem vence, porque sua arma é o amor em plenitude do Deus Todo-Poderoso.

Padre Bantu Mendonça

Família, escola do perdão e da vida

Precisamos amar e valorizar a família que temos

Sabe qual é a maior família que existe? É a que nós possuímos, por mais frágil e complicada que ela seja.

Sabe qual é o pior inimigo do real? Pensou? O pior inimigo do real – da família real, daquela que temos – é o ideal. É aquela “ideia” que carregamos acerca de um modelo, cuja realidade toda é “obrigada” a se adequar, mas que – definitivamente – não corresponde à nossa realidade.

Nem sempre o real corresponderá aos nossos ideais, e quase perenemente precisaremos, com leveza e maturidade, nos reconciliar com o real para podermos, a partir dele, construir uma encarnada felicidade. A felicidade só será possível a partir da verdade e da realidade que, verdadeiramente, nos compõem.

Como dizia o poeta: “Eu sei que a vida devia ser bem melhor e será, mas isso não impede que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita (Gonzaguinha). E por mais que a vida nos apresente problemas e deformidades, ela sempre será um palco de belezas no qual precisaremos protagonizar nossa história. 

Nossos familiares são mesmo, inúmeras vezes, imperfeitos e muito difíceis de conviver. Todavia, é no solo dessa verdade (de nossa verdade) que precisamos nos assumir e, com bravura e heroísmo, nos lançar na construção da felicidade e de suas específicas exigências.

Precisamos amar e valorizar a família que temos: o pai, a mãe, os irmãos que Deus nos deu, independentemente de como são. Sem dúvida, isso não é fácil e se revela como realidade muito desafiadora. Entretanto, ninguém poderá construir uma vida verdadeiramente feliz sem ter a consciência tranquila pelo fato de ter lutado pelos seus e de não os ter abandonado em virtude de suas fraquezas.

Percebo como muito sábio e real o ditado que diz: “Quer conhecer alguém? É só observar como ele trata seus pais”, pois uma consciente e constante atitude de desamor com relação aos próprios pais revela uma séria e profunda deficiência no caráter e na forma de se relacionar.

Nossos familiares (os pais e os demais) manifestam nossas raízes e nossa identidade, e negá-los seria negarmos a nós mesmos.

Nossa família sempre oferecerá possibilidades, seja por meio de alegrias ou de dores, para nos tornarmos pessoas melhores. Nela, poderemos viver a relação e a abertura aos demais (não sem conflitos, é claro), assim compreendendo que não somos o centro “absoluto” do mundo.

Na família aprendemos – por bem ou por mal - a repartir o que temos e o que somos, com a possibilidade de, constantemente, frequentar a escola do perdão. Assim aprenderemos a oferecer, aos outros e a nós mesmos, uma nova chance diante de cada circunstância ou erro cometido.

Pela família aprendemos a compreender a imensa fragilidade humana que envolve a todos, percebendo-nos também como seres fracos e constantemente necessitados de ajuda e atenção.

Enfim, a família é uma escola de vida e de construção da felicidade; nela, o ser tem espaço para, de fato, “ser” e acontecer.

(Trecho extraído do livro "Construindo a felicidade") 

Padre Adriano Zandoná

Mensagem do dia: No silêncio da oração, grandes coisas nascem na nossa vida

Todos nós precisamos de momentos de silêncio para nos encontrarmos com Deus. Quando nos esvaziamos das nossas preocupações, encontramos com o Senhor e ouvimos claramente a Sua voz indicando-nos o que devemos fazer e por onde devemos ir.

“Um dia, enquanto celebravam a liturgia, em honra do Senhor, e jejuavam, o Espírito Santo disse: ‘Separai para mim Barnabé e Saulo, a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os chamei’” (Atos dos Apóstolos 13,2). Justamente quando eles estavam no silêncio da oração, o Senhor mostrou-lhes o que deveriam fazer.

É dessa forma que o Altíssimo quer nos conduzir. Muitas pessoas têm medo do silêncio, mas é justamente nesses momentos de paz que grandes coisas nascem na nossa vida. É no silêncio da oração que encontramos toda força para viver o que a vida nos oferece e para sermos sinal de esperança onde trabalhamos e com as pessoas com as quais convivemos. Jesus, ensina-nos a viver o silêncio da oração em todos os momentos da nossa vida.

Jesus, eu confio em Vós!

quarta-feira, 27 de março de 2013

Semana Santa EJC

Celebração Penitencial com os alunos da Tarde, do Municipal, do Estadual e das Escolas Particulares.


LITURGIA DIÁRIA

Evangelho (Mateus 26,14-25)

Semana Santa

— O Senhor esteja convosco.
Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, 14um dos doze discípulos, chamado Judas Isca­riotes, foi ter com os sumos sacerdotes 15e disse: “Que me dareis se vos entregar Jesus?” Combinaram, então, trinta moedas de prata. 16E daí em diante, Judas procurava uma oportunidade para entregar Jesus.
17No primeiro dia da festa dos Ázimos, os discípulos aproximaram-se de Jesus e perguntaram: “Onde queres que façamos os preparativos para comer a Páscoa?” 18Jesus respondeu: “Ide à cidade, procurai certo homem e dizei-lhe: ‘O Mestre manda dizer: o meu tempo está próximo, vou celebrar a Páscoa em tua casa, junto com meus discípulos’”.
19Os discípulos fizeram como Jesus mandou e prepararam a Páscoa. 20Ao cair da tarde, Jesus pôs-se à mesa com os doze discípulos. 21Enquanto comiam, Jesus disse: “Em verdade eu vos digo, um de vós vai me trair”. 22Eles ficaram muito tristes e, um por um, começaram a lhe perguntar: “Senhor, será que sou eu?”
23Jesus respondeu: “Quem vai me trair é aquele que comigo põe a mão no prato. 24O Filho do Homem vai morrer, conforme diz a Escritura a respeito dele. Contudo, ai daquele que trair o Filho do Homem! Seria melhor que nunca tivesse nascido!” 25Então Judas, o traidor, perguntou: “Mestre, serei eu?” Jesus lhe respondeu: “Tu o dizes”. 

- Palavra da Salvação. 
- Glória a vós, Senhor.

Tenho traído e desprezado o amor de Jesus por mim?

São Mateus nos revela, hoje, o modo como Jesus foi traído por um dos Seus homens de confiança. Com um simples beijo, Judas planeja vender o seu Mestre. Por trinta moedas traça-se o poder financeiro, material e finito pela vida, dom de Deus.

Uma verdadeira contradição! O Dono de tudo é trocado pelo dinheiro. Ontem como hoje, a opção pelo dinheiro e a rejeição da vida humana tem falado mais alto.

Será que Judas era, na verdade, um amigo? Eu diria que ‘não’, porque, com a traição, ele revela sua hipocrisia no relacionamento com Jesus. Não era quem dava a impressão de ser, mas um traidor travestido de amigo. Judas, no entanto, não detinha o poder sobre a vida de Jesus.

O Evangelho destaca que o gesto de Judas estava inserido num contexto maior do desígnio divino sobre o destino do Messias. Mas nem por isso sua responsabilidade foi menor. As palavras terríveis que recaíram sobre ele não deixam dúvida a este respeito: “Seria melhor que nunca tivesse nascido!” Só Judas age na contramão da vontade do Mestre, mesmo que sua decisão já estivesse no contexto da vontade de Deus.

A atitude cristã que devemos ter é a de corresponder com a graça divina, e não desprezá-la, traindo o amor de Cristo, como fez Judas.

Peçamos ao Senhor que nos conceda uma fé firme e permanente a ponto de fazermos a diferença neste mundo cheio de ganância e numa busca constante de privilégios. Sobretudo, onde o grito de Maquiavel: “O fim justifica os meios” ainda continua ditando normas. Tira-se a vida em troca de poder, prazer e posse.

Padre Bantu Mendonça

FONTE: Canção Nova

MENSAGEM DO DIA: O sol da nossa vida brilha sempre, mesmo quando não vemos

Há momentos em que tudo parece ficar eclipsado na nossa vida, principalmente quando surgem os desafios e não sabemos como lidar com eles. Pode ser que, nesta hora, venha o desejo de desistir, mas não podemos ceder a esses sentimentos, pois sabemos que “por trás das nuvens o sol continua a brilhar”, como diz Santa Teresinha do Menino Jesus, e este sol tem um nome: Jesus Cristo, “o sol nascente que, por amor, nos veio visitar” (Lc 1,78b).

O Senhor está conosco em todos os momentos da nossa vida, mesmo quando não somos capazes de perceber nem sentir Sua presença. Deus é fiel e nunca nos abandona.

Caminhemos, hoje, confiantes não na força, mas no Senhor que tudo pode. Unidos a Ele proclamemos em todas as circunstâncias: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4,13).

terça-feira, 26 de março de 2013

O verdeiro significado da páscoa

Páscoa significa a passagem da “morte para a vida”, das “trevas para a luz”. A Páscoa é a festa mais importante para a Igreja Católica, pois nela se celebra o mistério da salvação. Onde os cristãos celebram a ressurreição, após a morte e crucificação, de Jesus Cristo.

Significado

A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus Cristo, que de acordo com a Bíblia ocorreu três dias após a Sua crucificação. É comum em todas as Igrejas cristãs, o domingo ser um dia destinado à comemoração da ressurreição de Cristo, realizada pela Eucaristia, contudo, o Domingo de Páscoa é diferenciado dos outros, neste é celebrado o aniversário da ressurreição de Cristo, a festa da vida.

Essa festa faz referência à última Ceia de Jesus com os discípulos, Sua prisão, julgamento, condenação, crucificação e ressurreição. A celebração inicia-se no Domingo de Ramos e termina no Domingo de Páscoa, período compreendido como Semana Santa. É uma das festas mais antigas existentes, e a principal festa do ano litúrgico cristão.

Símbolos da Páscoa


As luzes, velas e fogueiras são uma marca das celebrações pascais. Em certos países, os católicos apagam todas as luzes de suas igrejas na Sexta-feira da Paixão. Na véspera da Páscoa, fazem um novo fogo para acender o principal círio pascal e o utilizam para reacender todas as velas da igreja. Então acendem suas próprias velas no grande círio pascal e as levam para casa a fim de utilizá-las em ocasiões especiais. O círio é a grande vela acesa na Aleluia, simbolizando a luz dos povos, em Cristo. Alfa e Ômega nela gravadas querem dizer: "Deus é o princípio e o fim de tudo". Ainda temos como símbolos:

Cordeiro - que simboliza Cristo, sacrificado em favor do seu rebanho; O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, pois relembra o sacrifício realizado pelos israelitas, no primeiro dia pascal, como símbolo da libertação do Egito.

No Novo Testamento, Cristo é o Cordeiro de Deus que se sacrificou pela salvação de toda a humanidade. "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".

Cruz - que mistifica todo o significado da Páscoa, na ressurreição e também no sofrimento de Cristo; Jesus, que morreu na cruz para nos salvar, deu à humanidade mais uma lição de humildade. Sendo Filho de Deus, Ele morreu da forma mais humilhante que havia em Seu tempo. A cruz nos recorda o sofrimento e a ressurreição de Jesus Cristo.

Pão e Vinho - simbolizando a vida eterna, o corpo e o sangue de Jesus, oferecido aos seus discípulos; Foi na Última Ceia, na Quinta-feira Santa, que Jesus escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao Seu amor. Transformados em Seu Corpo e Sangue, os alimentos foram oferecidos a Seus discípulos.

Óleos Santos - É na Quinta-feira Santa que se celebra a Missa do Crisma. A cerimônia ocorre nas catedrais, onde os óleos sacramentais usados no batismo, na crisma e na unção dos enfermos são abençoados pelo bispo e os sacerdotes.

O óleo simboliza o Espírito Santo, aquele que nos dá forças para viver o Evangelho de Jesus Cristo.

O fogo - No início da cerimônia da Vigília Pascal, na noite do Sábado Santo, a celebração é iniciada com a bênção do fogo, chamado de "fogo novo", símbolo da vida nova, da realidade da criação renovada pela morte e ressurreição de Jesus.

O círio pascal - É uma vela grande e grossa, que deve ser acesa todos os anos, pela primeira vez, no Sábado Santo, no início da celebração da Vigília Pascal. Nela, é feita a inscrição dos quatro algarismos do ano em curso, depois se cravam cinco grãos de incenso para lembrar as cinco chagas de Jesus, além de duas letras gregas "Alfa" e "Ômega" - a primeira e a última letra do alfabeto grego. O alfa representa o princípio; o ômega, o fim.

Durante a cerimônia, reza-se: “Por Suas santas chagas, Suas chagas gloriosas, Cristo Senhor nos proteja e nos guarde. Amém”. O sacerdote acende, depois, o Círio, que é a Luz de Cristo. Entoa-se o refrão: “Eis a Luz de Cristo”. E todos respondem: “Demos graças a Deus!”. Na porta da igreja, canta-se pela segunda vez. Todos acendem as velas no fogo do Círio Pascal e a procissão entra pela nave da igreja, que está às escuras. Chegando no altar, canta-se, novamente; então, todas as luzes da igreja são acesas.

Após a solene entronização e incensação do Círio, o sacerdote entoa a proclamação solene da Páscoa, cantando o Exultet, que são as maravilhas da libertação do Senhor, vindo em socorro da humanidade e protegendo seu povo eleito. É um canto de louvor em ação de graças à vitória de Cristo que realizou a passagem, a Páscoa para a vida do amor e da fraternidade.

O Círio, simbolizando o Cristo vivo e ressuscitado é a luz que ilumina e guia a vida do cristão, pois o próprio Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo!", "Eu sou o princípio e o fim".

A água - No Sábado Santo, durante a celebração da Vigília Pascal, o sacerdote faz a bênção da água batismal que será utilizada nos batismos durante todo o ano, mergulhando o Círio Pascal na água, invocando a força do Espírito Santo havendo ou não batismos.

Na aspersão da água benta no povo, realiza-se a renovação das promessas batismais. A água simboliza a pureza, a purificação e a renovação.

Coelhos - É o símbolo da fertilidade. São animais que reproduzem com facilidade e em grande quantidade. Representam, portanto, a capacidade que a Igreja tem de produzir novos discípulos e espalhar, pelo mundo, a mensagem de Cristo.

Ovos de Páscoa - Simbolizam uma nova vida. Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa, simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. A Ressurreição de Jesus também indica o princípio de uma nova vida.

O QUE NÃO SE PODE ESQUECER É QUE MAIS DO QUE AS TONELADAS DE CHOCOLATE, O CENTRO DE NOSSA FÉ SERÁ SEMPRE CRISTO QUE MORREU E RESSUSCITOU PARA NOS MOSTRAR QUE O REINO DE DEUS PREGADO POR ELE ESTÁ PRESENTE E VIVO ENTRE NÓS. ESSE SIM É O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA.

Vigília Pascal

A celebração da Vigília Pascal abrange diversas partes:

- A celebração da Luz

- A celebração do Círio

- A liturgia da Palavra

-A liturgia do Batismo

- A liturgia da Eucaristia

- A celebração da Luz

Inicia-se a comemoração da Ressurreição do Senhor. As cerimônias são um convite à alegria e à esperança. A bênção do fogo novo é símbolo da luz, da fé que procede de Cristo, é d'Ele que sai o fogo que ilumina e abrasa os corações.

A liturgia da Palavra

Abrange as leituras bíblicas, sendo duas do Novo Testamento: a Epístola e o Evangelho, alusão ao mistério de nossa libertação. Pode-se diminuir o número de leituras do Antigo Testamento, mas nunca se deve omitir a narração da passagem do Mar Vermelho, pelo seu caráter de figura tipológica do mistério Pascal.

Para cada leitura há um Salmo Responsorial e uma oração. Após a sétima leitura, que é a última do Antigo Testamento, acendem-se as velas do altar e o sacerdote entoa o canto Gloria in Excelsis ao som festivo dos sinos da igreja. Após a primeira leitura do Novo Testamento, o sacerdote ou outra pessoa indicada entoa o cântico solene do Aleluia, quebrando o clima de tristeza que acompanhava o tempo quaresmal.

A liturgia batismal

Após a liturgia da Palavra, segue-se o batismo de alguns fiéis perante a comunidade. A apresentação dos candidatos à comunidade e o cântico da ladainha de todos os santos mostram a universalidade da Igreja. A renúncia do mal e a profissão solene da fé dão um caráter participativo à comunidade. Quando não há batismo-confirmação, sempre se benze a água, que é revelada solenemente até a pia batismal. É feita ainda a aspersão da água benta, recordando o batismo que deve ser renovado pela contínua inserção na fé e renúncia ao mal.